Nos últimos meses várias pesquisas confirmaram a relação que existe entre o vírus HPV e uma série de tipos de câncer em áreas do corpo relacionadas à prática sexual. É claro que os jovens aparecem como foco de atenção nessa situação.
Explico melhor: há muito tempo já se conhecia a forte associação do HPV (papilomavírus humano) com o câncer de colo de útero. Por isso, mulheres que têm vida sexual ativa precisam fazer visitas periódicas ao ginecologista para colher o exame de papanicolau (que analisa células da vagina e do colo) e fazer a colposcopia (exame para visualizar pequenas lesões).
Estudos recentes mostram agora uma relação do HPV com casos de câncer de ânus (não apenas em quem pratica sexo anal), de cabeça de pênis (glande) e de boca e garganta em mais jovens (principalmente em quem faz sexo oral sem proteção com vários parceiros). Moral da história: alguns tipos desse vírus têm capacidade de induzir, com o tempo, transformações nas células que podem levar a um câncer.
Detalhe: são mais de cem tipos de HPV, e só alguns deles têm esse potencial oncogênico (de causar câncer). Outros tipos podem provocar verrugas na região genital (crista de galo ou condiloma), que também devem ser tratadas porque são sexualmente transmissíveis. As verrugas aumentam o risco de se adquirir outras DSTs.
Sexo com proteção (camisinha) diminui muito a chance de se contaminar com HPV, mas não zera esse risco, já que o vírus pode estar fora da área de proteção do preservativo (no saco escrotal, por exemplo).
Há algum tempo existem também vacinas, que agora podem ser tomadas por garotos e garotas entre nove e 26 anos, de preferência antes do início da vida sexual, para diminuir o risco de infecção pelos tipos mais agressivos do vírus. São três doses, por R$ 1.500. Para ampliar a prevenção, independentemente de você ser homem ou mulher, de fazer sexo com quem quer que seja, procure seu médico com regularidade para fazer os controles necessários.
Folhateen - 31out2011
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
1 em cada 10 jovens atendidas no SUS tem doença transmitida pelo sexo
Estudo nacional realizado pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, unidade da Secretaria de Estado da Saúde na capital paulista, indica alta prevalência de infecção por clamídia entre jovens brasileiras atendidas nos serviços públicos de saúde.
Ao todo 2.071 jovens, entre 15 e 24 anos, atendidas em unidades do SUS (Sistema Único de Saúde) nas cinco macrorregiões (norte, nordeste, sudeste, sul, centro-oeste), participaram do estudo. A prevalência de clamídia entre as jovens avaliadas foi de 9,8%, sendo que 4% delas também tiveram resultado positivo para infecção por gonorreia.
A clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e mulheres e ser transmitida da mãe para o bebê na passagem pelo canal do parto.
A infecção atinge especialmente a uretra e órgãos genitais, mas também pode atingir a região anal, a faringe e ser responsável por doenças pulmonares. Se não tratada, é uma das causas da infertilidade masculina e feminina, e pode aumentar de três a seis vezes o risco da infecção pelo HIV.
"A mulher infectada pela Chlamyda trachomatis durante a gestação está mais sujeita a partos prematuros e a abortos. Nos casos de transmissão vertical, na hora do parto, o recém-nascido corre o risco de desenvolver um tipo de conjuntivite e pneumonia", afirma o médico Valdir Monteiro Pinto, coordenador do estudo no CRT/DST-Aids.
Ele alerta que a infecção pode ser assintomática em até 80% das mulheres e em 50% dos homens. Quando os sintomas aparecem, podem ser parecidos nos dois sexos: dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções, presença de secreção fluida. As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos do período menstrual, dor às relações sexuais, dor no baixo ventre e doença inflamatória pélvica.
Não existe vacina contra a clamídia. A única forma de prevenir a transmissão da bactéria é o sexo seguro com o uso de preservativos. Uma vez instalada a infecção, o tratamento deve ser realizado com o uso de antibióticos específicos e deve incluir o tratamento do parceiro ou parceira para garantir a cura e evitar a reinfecção.
Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/centro-de-referencia-e-treinamento-dstaids-sp/noticias/1-em-cada-10-jovens-atendidas-no-sus-tem-doenca-transmitida-pelo-sexo
Ao todo 2.071 jovens, entre 15 e 24 anos, atendidas em unidades do SUS (Sistema Único de Saúde) nas cinco macrorregiões (norte, nordeste, sudeste, sul, centro-oeste), participaram do estudo. A prevalência de clamídia entre as jovens avaliadas foi de 9,8%, sendo que 4% delas também tiveram resultado positivo para infecção por gonorreia.
A clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e mulheres e ser transmitida da mãe para o bebê na passagem pelo canal do parto.
A infecção atinge especialmente a uretra e órgãos genitais, mas também pode atingir a região anal, a faringe e ser responsável por doenças pulmonares. Se não tratada, é uma das causas da infertilidade masculina e feminina, e pode aumentar de três a seis vezes o risco da infecção pelo HIV.
"A mulher infectada pela Chlamyda trachomatis durante a gestação está mais sujeita a partos prematuros e a abortos. Nos casos de transmissão vertical, na hora do parto, o recém-nascido corre o risco de desenvolver um tipo de conjuntivite e pneumonia", afirma o médico Valdir Monteiro Pinto, coordenador do estudo no CRT/DST-Aids.
Ele alerta que a infecção pode ser assintomática em até 80% das mulheres e em 50% dos homens. Quando os sintomas aparecem, podem ser parecidos nos dois sexos: dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções, presença de secreção fluida. As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos do período menstrual, dor às relações sexuais, dor no baixo ventre e doença inflamatória pélvica.
Não existe vacina contra a clamídia. A única forma de prevenir a transmissão da bactéria é o sexo seguro com o uso de preservativos. Uma vez instalada a infecção, o tratamento deve ser realizado com o uso de antibióticos específicos e deve incluir o tratamento do parceiro ou parceira para garantir a cura e evitar a reinfecção.
Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/centro-de-referencia-e-treinamento-dstaids-sp/noticias/1-em-cada-10-jovens-atendidas-no-sus-tem-doenca-transmitida-pelo-sexo
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